o meu dia hoje foi tão surreal que até resgatei meu blog! Depois de 10 anos.
Então: Bem-vindos de volta ao Patilandia, o mundo que abriga o divertidamente da minha cabeça.
Tudo começou as 6h15 da manhã, quando eu levanto da cama e saio do meu quarto, para encontrar a sala e o escritório totalmente cheios de MERDA. Porque o tadico do John John teve desinteria braba durante a noite e, além de DEFECAR pelo caminho desde a sua caminha na sala até o escritório, ainda pisou em cima de TODA A MERDA e foi andando de um lado para o outro. E MERDA MOLE, Caganeira Master.
Um parênteses: o John, Elton John the Dog, já está com senilidade - sindrome de disfunção congnitiva, o que popularmente é conhecido como Alzheimer Canino. Ele fica rodando horas em círculos, escorrega, bate a cabeça em algum móvel, anda mais um pouco e continua sapateando em círculos até cansar e dormir. Ele já está medicado, mas não tem muito o que fazer, a não ser não deixar ele se machucar.
Enfim, o John sapateou MERDA pela casa inteira.
O bom é que nessas horas, não tem tempo pra desespero. Você simplesmente coloca um cropet e reage.
Tentei aquietar o John pra pegar um rolo de papel toalha e lenço umidecido pra tentar limpar tudo. Começo limpando ele, o que dá, porque tem MERDA quase até a orelha. Coloco ele num canto e começo a esfregar o chão. Quando tô no meio da sala, começo a ouvir um mega barulho de GAGADA FLATULENTA. Olho e o John esvaziou por completo o intestino no corredor quase no escritório. Antes de eu conseguir chegar nele, ele pisa na MERDA e escorrega, caindo em cima. Hahahahahelp
E voltamos a limpar o John, aquietar ele, pra conseguir limpar a casa.
É MERDA pra todo lado, alguns lugares já secos. Já foi um pacote de lenço umidesido Lysol. Abro outro. Junto com um spray pra cachorro... ou seja, um spray específico pra MERDA de cachorro. E mais rolo de papel, e mais lenço umidecido.
Até no cabo de força do ventilador tem MERDA! Mas vamos ver pelo lado bom: não era NO ventilador e ele estava desligado.
As 7h32 eu já tinha conseguido limpar o John - o que deu - e limpar a casa. Coloco todos os paninhos da cama de molho, pra tirar o Excesso de MERDA, levo um dos tapetes enrolados pro carro, tomo um banho e já deixo uma mensagem no whatsapp da clínica veterinária, que abre as 8h: Eu to indo! Eu espero o quanto for, sem chorar, mas eu preciso de um banho pro John, em nível de urgência.
Eu cato um dos paninhos com menos MERDA, enrolo o John nele e levo pro carro. E lá vamos nós levar a MERDA pro veterinário.
Foi banho e meia-tosa pra tirar toda a MERDA do John.
E claro, uma consulta de emergência, medicamentos e soro subcultaneo.
11h11 chegamos em casa de volta, depois do tapete ficar na lavanderia, e John John estar limpinho e cheiroso. Deixo o John dormindo com lençol novo e dou mais uma passada de Spray pra cachorro, caso ainda tenha alguma MERDA escondida pela casa. Todos os paninhos passam do molho pra máquina de lavar, com ciclo intenso mais pré-lavagem e temperatura de 80graus. Pra não ficar nenhuma MERDA!
Graças aos Deuses, John John não fez mais MERDA nenhuma. Mas tomou água do coco natural e uma canja com batata que eu fiz pra ele, pra ir comendo de hora em hora. Mais uma ida ao veterinário pra mais medicamentos e soro. Com direito a muito mal-humor desse velho rabujento ;)
E voltamos pra casa, sem MERDA nenhuma.
SUCESSO!
A Patilândia
sexta-feira, 10 de março de 2023
sexta-feira, 29 de junho de 2012
terça-feira, 24 de abril de 2012
quarta-feira, 4 de abril de 2012
segunda-feira, 19 de março de 2012
segunda-feira, 12 de março de 2012
Pet-Peeves
coisas do dia-a-dia (ainda tem hífen??) que eu simplesmente odeio:
- odeio a nova regra gramatical
- odeio trocar o óleo do carro - não sou eu quem troca mas odeio ter que levar
- odeio colocar água na forminha de gelo - tem coisa mais chata do que derrubar a água no caminho do congelador?
- odeio muito derrubar a torrada que cai com o requeijão pra baixo
- odeio tv a cabo fora do ar
- odeio caneta bic sem tampa
quarta-feira, 7 de março de 2012
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
A minha vida tem trilha sonora...
e a música da semana é a "A Real Hero (feat. Electric Youth)" -College
parte da trilha sonora de "Drive", um dos melhores filmes de 2011
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
ano-novo
tenho uma única decisão de ano-novo: ter atitudes de ano-novo!
e pra falar a verdade, quando eu analiso bem, meu novo ano começou em dezembro. Foi quando eu fui num novo quiroprata, me inscrevi num curso (graças ao incentivo do Suppion), marquei férias e resolvi não fazer uma retrospectiva.
Pra que lembrar do passado? Preciso dizer que em 2011 eu dirigi minha atriz preferida, e grande amiga, Antoniela Canto? que fui pra Cannes conversar com o Ryan Gosling, Louis Garrel, Dustin Hoffmann... que a Angelina Jolie e o Jack Black ficaram me imitando... Que em Veneza eu me apaixonei pelo Michael Fassbender e pelo Viggo Mortensen, que o Sokurov beijou minha mão... não, não preciso falar nada disso. Pra que lembrar que tive 5 minutos exclusivos com a Madonna e 20 com o Steve Soderbergh? e um set-visit numa produção de Hollywood?? não, ninguém precisa se lembrar disso. Ah, passado é passado.
e 2012 já está aqui!
depois de um começo de pernas pro ar no Rio: trabalho, curso, regime, ginástica, penteado novo, limpeza nos armários... tantas atitudes.
será o fim do mundo?
e pra falar a verdade, quando eu analiso bem, meu novo ano começou em dezembro. Foi quando eu fui num novo quiroprata, me inscrevi num curso (graças ao incentivo do Suppion), marquei férias e resolvi não fazer uma retrospectiva.
Pra que lembrar do passado? Preciso dizer que em 2011 eu dirigi minha atriz preferida, e grande amiga, Antoniela Canto? que fui pra Cannes conversar com o Ryan Gosling, Louis Garrel, Dustin Hoffmann... que a Angelina Jolie e o Jack Black ficaram me imitando... Que em Veneza eu me apaixonei pelo Michael Fassbender e pelo Viggo Mortensen, que o Sokurov beijou minha mão... não, não preciso falar nada disso. Pra que lembrar que tive 5 minutos exclusivos com a Madonna e 20 com o Steve Soderbergh? e um set-visit numa produção de Hollywood?? não, ninguém precisa se lembrar disso. Ah, passado é passado.
e 2012 já está aqui!
depois de um começo de pernas pro ar no Rio: trabalho, curso, regime, ginástica, penteado novo, limpeza nos armários... tantas atitudes.
será o fim do mundo?
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
small pleasures
- sentir o cheiro da chuva
- dar uma boa gargalhada e termirnar com "Ai, ai"
- ver o por-do-sol do sofá de casa
- sentir cheiro de grama cortada
- descobrir uma música nova e escutar sem parar
- sair de um filme sorrindo
- comer bem
- ficar com o cabelo perfumado
- termirnar um livro
- usar uma roupa nova
- perder quilos e não achá-los
- lua cheia
- tirar uma boa foto
- levar uma cantada
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
5 anos
eu poderia até dizer que passou rápido, mas seria mentira.
fiz tanta coisa nesses 64 meses que tudo parece no tempo certo.
mil oportunidades, trabalhos, entrevistas, edições, viagens, conversas, fotos, blog, ídolos, famosos, crises, filmes, notícias, paixões.
e então, fiz 5 anos de HBO.
de novo.
muita emoção de ouvir o Zaca falando sobre nosso trabalho
e seguimos HBO!
fiz tanta coisa nesses 64 meses que tudo parece no tempo certo.
mil oportunidades, trabalhos, entrevistas, edições, viagens, conversas, fotos, blog, ídolos, famosos, crises, filmes, notícias, paixões.
e então, fiz 5 anos de HBO.
de novo.
emoção de ver a Maria Angela (que me re-contratou) falando de nosso departamento
e seguimos HBO!
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
brilho nos olhos
quando eu penso na minha velhice
a única coisa que eu peço
é ser uma velhinha com olhos brilhantes
terça-feira, 22 de novembro de 2011
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Pearl Jam
eu tinha 17 anos quando ouvi Pearl Jam pela primeira vez. eles fizeram 20 anos de carreira. eu completei 20 anos como fã.
eu adoro várias bandas, Queen, U2, Rolling Stones, Beatles, Led Zeppelin, The Doors... mas Pearl Jam é como uma banda da minha idade, que veio comigo.
letras, melodias, guitarras, a incrível voz do Eddie Vedder, nada perdeu sentido ao longo desses anos. da época em que eu tentava ouvir as músicas em Monte Verde, e a Fê jogava a fita pra baixo do sofá (hoje, ela é uma grande fã também) até os lançamentos mais recentes, ele continua incrível.
numa noite que o morumbi não estava lotado, a banda tocou até as luzes do estádio serem acesas. e continuaram. foi incrível.
keep on rockin in the free world
eu adoro várias bandas, Queen, U2, Rolling Stones, Beatles, Led Zeppelin, The Doors... mas Pearl Jam é como uma banda da minha idade, que veio comigo.
letras, melodias, guitarras, a incrível voz do Eddie Vedder, nada perdeu sentido ao longo desses anos. da época em que eu tentava ouvir as músicas em Monte Verde, e a Fê jogava a fita pra baixo do sofá (hoje, ela é uma grande fã também) até os lançamentos mais recentes, ele continua incrível.
numa noite que o morumbi não estava lotado, a banda tocou até as luzes do estádio serem acesas. e continuaram. foi incrível.
keep on rockin in the free world
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
35a Mostra
Há anos, a Mostra de Cinema de São Paulo faz parte da minha vida. Este ano, não será diferente. Ou melhor, vai ser sim. Leon vai fazer falta.
O festival entrou na minha vida em 1991. Estava estudando no Logos ainda e tínhamos aula de cinema na optativa de humanas. Um dia, fomos participar do Programa Livre, do Seginho Grossman, e o convidado era o cineasta Alan Parker - que estava em SP à convite da Mostra com o filme "The Commitments". Eu brinco que este dia foi o começo da minha carreira porque fiz uma pergunta ao diretor (perguntei se ele fazia filmes publicitários só para ganhar dinheiro e fazer os seus próprios filmes, o que ele respondeu que sim...). No final da noite, fomos para uma sessão lotadíssima no cinema do Masp. Foi o começo.
Anos mais tarde, a Maria Angela de Jesus me chamou para trabalhar na Mostra, no receptivo. Foram dois anos nesta função: buscar e levar convidados para o aeroporto, ajudá-los a fazer credencial, levá-los na sessão de cinema - apresentá-los ao público e traduzir seus discursos, levar para jantar, almoçar e nas festas... era muito trabalho, sem hora pra acabar, uma média de 4 horas de sono por dia. Mas era sensacional.
Desses dois anos, eu ganhei histórias inesquecíveis...
- Acompanhar o Mestre Manoel de Oliveira e sua mulher, a Dna Maria Isabel, foi um dos pontos altos do trabalho. Mesmo o Seu Manoel tendo brigado comigo uma vez! Fiquei tão nervosa que até fui ao banheiro chorar, mas no final ele fez as pazes comigo, mordendo minha bochecha! Cansei de ir na Liberdade levar a Dna Maria Isabel comprar as pedrinhas (pedras semi-preciosas brasileiras). E um dia, a pedido do Leon, fui acompanhar o seu Manoel escolher a locação de um curta. No processo, ele me falou uma frase inesquecível: "Escolher a locação é como escolher uma mulher: tem muitas boas, mas só uma perfeita"
- acompanhei Joffre Soares na Mostra, que veio com o seu filho, Sacha. Era um dia de chuva em SP... fui com o Sacha fazer as credenciais e perguntei se ele queria que eu comprasse um guarda-chuva. Sacha me respondeu que não usava guarda-chuva, que era contra - "No Rio, as pessoas andam de guarda-chuva embaixo das marquises. É um inferno. Odeio guarda-chuva". Nunca me esqueci disso!
- no lançamento de "Cidade Baixa", de Sérgio Machado, muitos dos convidados internacionais ficaram encantados com o Lázaro Ramos, que estava presente. Pediram para ir falar com ele e eu fui responsável por traduzir toda a conversa... foi como ser paga para escutar a conversa dos outros.
- ainda falando do Sérgio, um dia estávamos só mulheres na sala do hotel e começamos aqueles papos femininos. Tudo começou com o diretor argentino que era super bonito - fomos falando do filme dele, que tinha uma adolescente que menstruava pela primeira vez e que tinha que usar um absorvente interno. O papo fluiu com mil experiências, casos e muitas risadas. Até a Guta parar e falar: - Gente, o Sérgio tá aqui ouvindo tudo! Num computador de canto, lá estava Sérgio Machado usando a internet. Morremos de rir, ele inclusive.
- o cineasta americano, de primeira viagem, Eric Worthman ficou tão agradecido que resolveu dar um presente para toda a produção. Foi até o supermercado e comprou uma garrafa de pinga 51 pra todo mundo!
- particiei de um jantar com Abbas Kiarostami. Conheci o Guy Maddin, o Amos Gitai, Jane Birkin, Victoria Abril, Wolfgang Becker, Dani Tanovic...
- ouvi a frase que virou nosso bordão "I can't, I'm too fertile"
- uma das melhores festas da Mostra foi o encerramento no Terraço Itália. Lembro de ver a nata do cinema brasileiro reunido no mesmo lugar. E ainda revi meu colega de faculdade, Marcelo Galvão, que ganhou o prêmio do público com seu filme "4aB".
- Sergej Stanojkovski é um cineasta croata radicado na Alemanha. Ele veio para passar todo um festival. No meio, depois de passar o dia com ele e levá-lo num jantar, deixei ele e mais alguns convidados num táxi para o Vegas. No dia seguinte, soube que ele tinha sido atropelado na saída. Foi um grande susto pra todo mundo! Conseguimos prestar o melhor auxílio pra ele, até chamei o ortopedista amigo do meu pai que falava alemão. Um dia, fui acompanhar a Renata e o Leon até o quarto dele, para saber se estava tudo bem e se ele precisava de mais alguma coisa. ele veio de muletas e só de cueca receber a gente. Lembro que na saída, a Renata e eu tivemos uma crise de risos.
- Ensaio da Vai-Vai com os convidados era sempre imperdível! E a feijoada...
Anos mais tarde, na HBO, comecei a cobrir o evento. No meu primeiro ano em programas, fiz um especial de 25 minutos da Mostra. Tenho muito orgulho disso.
aí, as experiências foram outras: de entrevistar os convidados.
Fiz algumas inesquecíveis, como do espanhol José Luis Guerín, que ainda lembrou de mim anos mais tarde, quando nos encontramos em Toronto. Tomas Alfredson, de "Deixa ela entrar". Rodrigo Santoro e os dois diretores de ""I love you Phillip Morris", Glenn Ficarra e John Requa.
e Wim Wenders. 15 minutos com ele, falando sobre seus filmes, seus diretores prediletos, a carta branca que a Mostra tinah lhe dado.
O festival entrou na minha vida em 1991. Estava estudando no Logos ainda e tínhamos aula de cinema na optativa de humanas. Um dia, fomos participar do Programa Livre, do Seginho Grossman, e o convidado era o cineasta Alan Parker - que estava em SP à convite da Mostra com o filme "The Commitments". Eu brinco que este dia foi o começo da minha carreira porque fiz uma pergunta ao diretor (perguntei se ele fazia filmes publicitários só para ganhar dinheiro e fazer os seus próprios filmes, o que ele respondeu que sim...). No final da noite, fomos para uma sessão lotadíssima no cinema do Masp. Foi o começo.
Anos mais tarde, a Maria Angela de Jesus me chamou para trabalhar na Mostra, no receptivo. Foram dois anos nesta função: buscar e levar convidados para o aeroporto, ajudá-los a fazer credencial, levá-los na sessão de cinema - apresentá-los ao público e traduzir seus discursos, levar para jantar, almoçar e nas festas... era muito trabalho, sem hora pra acabar, uma média de 4 horas de sono por dia. Mas era sensacional.
Desses dois anos, eu ganhei histórias inesquecíveis...
- Acompanhar o Mestre Manoel de Oliveira e sua mulher, a Dna Maria Isabel, foi um dos pontos altos do trabalho. Mesmo o Seu Manoel tendo brigado comigo uma vez! Fiquei tão nervosa que até fui ao banheiro chorar, mas no final ele fez as pazes comigo, mordendo minha bochecha! Cansei de ir na Liberdade levar a Dna Maria Isabel comprar as pedrinhas (pedras semi-preciosas brasileiras). E um dia, a pedido do Leon, fui acompanhar o seu Manoel escolher a locação de um curta. No processo, ele me falou uma frase inesquecível: "Escolher a locação é como escolher uma mulher: tem muitas boas, mas só uma perfeita"
- acompanhei Joffre Soares na Mostra, que veio com o seu filho, Sacha. Era um dia de chuva em SP... fui com o Sacha fazer as credenciais e perguntei se ele queria que eu comprasse um guarda-chuva. Sacha me respondeu que não usava guarda-chuva, que era contra - "No Rio, as pessoas andam de guarda-chuva embaixo das marquises. É um inferno. Odeio guarda-chuva". Nunca me esqueci disso!
- no lançamento de "Cidade Baixa", de Sérgio Machado, muitos dos convidados internacionais ficaram encantados com o Lázaro Ramos, que estava presente. Pediram para ir falar com ele e eu fui responsável por traduzir toda a conversa... foi como ser paga para escutar a conversa dos outros.
- ainda falando do Sérgio, um dia estávamos só mulheres na sala do hotel e começamos aqueles papos femininos. Tudo começou com o diretor argentino que era super bonito - fomos falando do filme dele, que tinha uma adolescente que menstruava pela primeira vez e que tinha que usar um absorvente interno. O papo fluiu com mil experiências, casos e muitas risadas. Até a Guta parar e falar: - Gente, o Sérgio tá aqui ouvindo tudo! Num computador de canto, lá estava Sérgio Machado usando a internet. Morremos de rir, ele inclusive.
- o cineasta americano, de primeira viagem, Eric Worthman ficou tão agradecido que resolveu dar um presente para toda a produção. Foi até o supermercado e comprou uma garrafa de pinga 51 pra todo mundo!
- particiei de um jantar com Abbas Kiarostami. Conheci o Guy Maddin, o Amos Gitai, Jane Birkin, Victoria Abril, Wolfgang Becker, Dani Tanovic...
- ouvi a frase que virou nosso bordão "I can't, I'm too fertile"
- uma das melhores festas da Mostra foi o encerramento no Terraço Itália. Lembro de ver a nata do cinema brasileiro reunido no mesmo lugar. E ainda revi meu colega de faculdade, Marcelo Galvão, que ganhou o prêmio do público com seu filme "4aB".
- Sergej Stanojkovski é um cineasta croata radicado na Alemanha. Ele veio para passar todo um festival. No meio, depois de passar o dia com ele e levá-lo num jantar, deixei ele e mais alguns convidados num táxi para o Vegas. No dia seguinte, soube que ele tinha sido atropelado na saída. Foi um grande susto pra todo mundo! Conseguimos prestar o melhor auxílio pra ele, até chamei o ortopedista amigo do meu pai que falava alemão. Um dia, fui acompanhar a Renata e o Leon até o quarto dele, para saber se estava tudo bem e se ele precisava de mais alguma coisa. ele veio de muletas e só de cueca receber a gente. Lembro que na saída, a Renata e eu tivemos uma crise de risos.
- Ensaio da Vai-Vai com os convidados era sempre imperdível! E a feijoada...
Anos mais tarde, na HBO, comecei a cobrir o evento. No meu primeiro ano em programas, fiz um especial de 25 minutos da Mostra. Tenho muito orgulho disso.
aí, as experiências foram outras: de entrevistar os convidados.
Fiz algumas inesquecíveis, como do espanhol José Luis Guerín, que ainda lembrou de mim anos mais tarde, quando nos encontramos em Toronto. Tomas Alfredson, de "Deixa ela entrar". Rodrigo Santoro e os dois diretores de ""I love you Phillip Morris", Glenn Ficarra e John Requa.
e Wim Wenders. 15 minutos com ele, falando sobre seus filmes, seus diretores prediletos, a carta branca que a Mostra tinah lhe dado.
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